Para atender a futura demanda doméstica de energias renováveis e de baixo carbono, a Alemanha busca parceiros no mundo para importação de hidrogênio verde e considera que o Brasil pode ser um dos grandes exportadores. Atualmente, 60% das empresas alemãs que trabalham no desenvolvimento de hidrogênio verde têm subsidiárias no país.
Essa parceria foi anunciada pelo representante do governo alemão, Peggy Schulz, em evento realizado no final de maio, pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Dados do Hydrogen Council, apontam que a produção e exportação do hidrogênio deverá responder, em 2050, por 20% de toda a demanda de energia global, gerando um mercado de US$ 2,5 trilhões. Como o Brasil tem cerca de 80% da sua matriz elétrica renovável, pode se tornar um dos grandes protagonistas desse mercado.
Hoje apenas quatro empresas estão produzindo e distribuindo hidrogênio no Brasil. O uso ainda é concentrado na indústria. A Petrobras é o maior produtor, mas utiliza quase 95% de tudo o que produz para o refinamento de óleos combustíveis.
É preciso ficar atento a esse promissor setor, pois hoje o hidrogênio verde – que não emite gases de efeito estufa – responde apenas a 4% da produção mundial. Porém, com as metas estabelecidas pelo Acordo do Clima de Paris, essa participação deve crescer muito ainda nesta década.
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